O óleo do motor é um elemento essencial ao funcionamento do motor.
Ao óleo motor cabem entre outras funções:
– Contribuir para o arrefecimento do motor através da transferência de calor;
– Selar a folga entre os segmentos do pistão e as paredes do cilindro;
– Absorver contaminantes e suspender as partículas (resíduos de combustão, pequenas partículas metálicas fruto de desgaste, ou poeiras).
Se for mantido durante muitos quilómetros no motor, o óleo ficará saturado com os subprodutos da combustão e partículas que começarão a desgastar as peças do motor.
Se o óleo for filtrado dessas partículas, pode ser usado durante mais quilómetros ou tempo.
Na história do automóvel, os primeiros automóveis não tinham filtro de óleo. Mas à data, devido à qualidade dos óleos lubrificantes existentes e combustíveis, procedia-se mais frequentemente à sua substituição.
Os primeiros filtros de óleo foram introduzidos no início da década de 1920. Ernest Sweetland foi o inventor e lhe chamou de “PurOLator”, de “Pure Oil Later”).
Esses dispositivos diminuíram os problemas de contaminação e desgaste por partículas e permitiram períodos de serviço mais prolongados entre cada mudança de óleo.
Existem diversos tipos de arquitectura de filtros, mas o filtro de rosca (‘spin-on’) é universalmente o mais usado hoje. Os filtros de óleo de elemento também têm vindo a crescer no número de aplicações.
Como é constituído o filtro de óleo?
O filtro de óleo é constituído pelos seguintes componentes:
Como funciona um filtro de óleo
O óleo vindo da bomba de óleo entra no filtro passando a membrana anti-retorno e após passar no elemento filtrante, onde é filtrado, vai para o motor passando a válvula anti-retorno.
Se a pressão do óleo for muito grande ou caso o elemento filtrante esteja colmatado, a pressão do óleo faz abrir a válvula ‘by-pass’ (calibrada para abrir a partir de uma determinada pressão) fazendo com que o óleo passe para o motor sem ser filtrado (sem passar no elemento filtrante) através da válvula anti-retorno.
Cabe à membrana anti-retorno e à válvula anti-retorno fazer com que o óleo que está dentro do filtro não se escoe pelo circuito de lubrificação quando se pára o motor. Assim garante-se que quando o motor volta a ser posto em movimento o filtro se encontra cheio de óleo, e não há falhas no abastecimento de óleo ao motor. Os filtros de óleo dos motores com start-stop têm sistemas anti-retorno especiais projectados a pensar em situações de pára-arranca mais frequentes.
Nos motores actuais, os filtros de óleo estão equipados com elemento filtrante com uma eficácia de retenção superior a 90% para partículas com 10 microns (0.010mm) de dimensão – um cabelo humano tem cerca de 75 microns (0.075mm) de diâmetro.
O elemento filtrante tem de apresentar as seguintes características:
– Geometria resistente;
– Resistência química ao óleo;
– Boa capacidade de filtração, e absorção da sujidade.
Os filtros são todos iguais?
Um filtro como parte integrante do circuito de lubrificação tem de corresponder às especificações do fabricante do motor. É importante optar sempre por filtro que cumpram os requisitos OEM (Original Equipment Manufacturer).
Embora exteriormente idênticos, filtros que não cumpram os requisitos OEM apresentam:
– Pouca capacidade de filtração e absorção da sujidade, que leva a uma menor protecção do motor ao desgaste e sujidade;
– Geometria pouco resistente, sofrendo deformação em serviço que vai diminuir ou eliminar a sua função de filtro.
– Deformação pelo calor ou falta de estanquidade da junta de borracha com consequente fuga de óleo.
– Pressões de funcionamento da válvula ‘by-pass’ do filtro não adequadas ao especificado pelo fabricante do motor, ou elemento filtrante não conforme ao requerido pelo construtor.
– Não existência de sistema de sistema anti-retorno, e consequente menor protecção do motor em condições de funcionamento interrompido.
Recomenda-se:
– Substitua o filtro de óleo sempre que substitui o óleo do motor;
– Use filtros com qualidade OEM (Original Equipment Manufacturer).
