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Como evitar problemas com o Filtro de Partículas

O Filtro de Partículas usado nos motores Diesel, é um dispositivo instalado na linha de escape que é constituído por uma estrutura do tipo ninho de abelha em Cordierite, Carbeto de silício ou fibras cerâmicas, e tem como função remover a fuligem e partículas suspensas dos gases de escape emitidos por este tipo de motores.

O Filtro de Partículas Diesel remove até 99% de fuligem e partículas suspensas, e adicionalmente Monóxido de Carbono (CO) e Hidrocarbonetos (mais de 80%).

O Filtro de Partículas Diesel designa-se vulgarmente pelas siglas DPF (Diesel Particules Filter) ou FAP (Filtre à Particules).

As primeiras experiências de aplicação de dispositivos DPF/FAP ocorreram nos anos 70, embora as primeiras aplicações práticas no mercado tenham sido introduzidas em 2000 pelo grupo PSA.

Nos ligeiros de passageiros, os dispositivos DPF/FAP passaram a ser obrigatórios a partir de 2009 com a aplicação da norma antipoluição EURO V.

No seu funcionamento o DPF/FAP vai acumulado no seu interior (em forma de cera de abelha formando uma malha), a fuligem e partículas suspensas. Tal leva que ao fim de um determinado intervalo de quilómetros o referido filtro DPF/FAP se encontre quase colmatado.

Para que o seu bom funcionamento tem de ser efetuada uma regeneração. Tal operação tem como objetivo a incineração da fuligem e partículas suspensas retidas.

Existem várias estratégias de regeneração (conforme o construtor em questão) sendo as mais comuns:
Regeneração ativa: a unidade de controlo de injeção altera o avanço das injeções de combustível, criando uma pós-injeção de combustível que tem como finalidade o aumento da temperatura dos gases de escape com vista à incineração da fuligem e partículas suspensas retidas no DPF/FAP.
Regeneração passiva: Ocorre quando a viatura circula em regimes de rotação/carga maior (autoestrada por exemplo) devido ao aumento da temperatura dos gases de escape imposto por este tipo de utilização. Em viaturas que estejas equipadas com este tipo de estratégia de regeneração, o seu uso frequente em cidade é mais problemático levando frequentemente à ativação do modo de segurança (‘safe-mode’) e posterior regeneração forçada (despoletada por aparelho próprio na oficina) para limpeza do DPF/FAP e restituição das boas condições de funcionamento.

Óleos com baixo teor de cinzas, fósforo e enxofre (SAPS)

A aplicação de dispositivos DPF/FAP foi acompanhada pela introdução no mercado de óleos com baixo teor de cinzas, fósforo e enxofre (SAPS).

Os óleos convencionais devido ao seu maior teor de cinzas, fósforo e enxofre fazem com que a contaminação e colmatação do DPF/FAP ocorra mais frequentemente, anulando a sua função e causando a degradação deste dispositivo.


Os óleos convencionais também são mais tendenciosos à colmatação do circuito de recirculação de gases de escape (EGR).


A ACEA (Association des Constructeurs Européens d’Automobiles) criou uma nova classe de óleos – ACEA Cx onde o ‘x’ pode tomar o valor de 1 a 5, conforme o seu nível de proteção ao DPF/FAP e economia de combustível.


O uso de um óleo com baixo teor de cinzas, fósforo e enxofre (SAPS) é imperativo para a fiabilidade e longevidade do sistema de Filtro de partículas.

Aditivos para eliminação de depósito de resíduos no filtro de partículas (DPF).

Existem aditivos de combustível que têm por finalidade facilitar a eliminação dos resíduos no filtro de partículas (DPF/FAP).

Tal efeito dá-se através do abaixamento da temperatura a que os resíduos são incinerados, que tem como efeito o filtro manter-se livre de resíduos, sem custos de manutenção, tempo de inatividade ou outras restrições.

Determinadas marcas (Peugeot/Ford/Volvo por ex.) usam um sistema de libertação de aditivo à entrada do DPF/FAP para o mesmo fim, sendo a sua dosagem controlada pela unidade de controlo do motor.

Um dos aditivos para este fim: https://texoleo.com/product/mannol-9994-dpf-cleaner-250ml

Este aditivo é adicionado ao Diesel numa proporção de 10ml Aditivo DPF para 10L de gasóleo, aquando do enchimento do depósito.

Em resumo:
Para aumentar a fiabilidade e longevidade do sistema de Filtro de partículas, deve-se:
Usar um óleo baixo teor de cinzas, fósforo e enxofre (SAPS) de acordo com a recomendação do construtor;
Evitar o uso de Biodiesel B100 – da combustão de biodiesel B100 resulta mais fuligem que do diesel comum B7, logo vai ser menos favorável ao DPF/FAP;
Evitar a utilização da viatura em percursos curtos ou em cidade.
– Se possível usar regularmente um aditivo de eliminação dos resíduos no filtro de partículas (DPF/FAP)